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Foto do escritorAndré Sampaio

Portugal: Análise relojoeira

A dificuldade atual de encontrarmos um histórico de marcas Portuguesas é algo que nos preocupa e motiva ao mesmo tempo.

Encontrarmos marcas Portuguesas dentro da relojoaria pode ser sem duvida um desafio.


Se tivermos uma perspetiva algo mais aprofundada, e se tivermos alguma motivação (e se contarmos já com alguns anos de vida) podemos concluir que o histórico de marcas fundadas em Portugal nem é assim tão diminuto.

Sim, muitas marcas já não se encontram no ativo, outras já nem à historia temos acesso devido a tão pouca informação ou relato.

Mas, contrariando agora a critica ao mundo digital e ao excesso de tempo que nos ocupa e faz despender, podemos dar graças à grande multiplicidade de marcas Portuguesas que agora surgem e ressurgem.

O mundo digital está cada vez mais vasto, e com isto surgem novas oportunidades e facilidades à criação de uma marca.

Seja por crowdfunding ou um estabelecimento de marca usual.

Comparativamente aos passados 5 anos podemos concluir que tem havido um crescimento exponencial de micro-marcas.


Mais opções de escolha

O que só vem trazer benefícios à comunidade, tais como: respostas asseguradas das necessidades de consumo; técnicas comerciais menos agressivas; um enfoque maior no consumidor final; personalização de produto; estabelecimento de relações informais e pessoais com o target. (Podia continuar a ditar os mais variados benefícios que as micro-marcas e o mundo digital vieram trazer à industria.



Posso assegurar com o meu diminuto e humilde conhecimento que estamos a presenciar uma grande reviravolta na maneira como a industria interage e responde.

(Quando falo de industria faz parecer que o escritor (eu) se relaciona com a famosa gíria “tem a mania que os gatos andam de avião”, mas trabalhar na industria é algo que não podemos tomar como adquirido. Por falar em avião, estou neste momento a escrever-vos a bordo do meu voo para Amsterdão, a caminho de mais um evento da comunidade dos quais tanto gosto).


Estratégias non-user-friendly

Pelo mundo fora grande parte das marcas têm uma estratégia pouco amigável para com a comunidade do mesmo pais. (Sim, pelo mundo fora, neste caso não podemos dizer que é so por terras lusas) Desde eventos onde na lista de convidados só constam celebridades que aceitam com base na premissa de poderem usar o fato mais um dia ou porque querem satisfazer caprichos, tais como os de receber atenção por parte das marcas como se fossem a Rainha de Inglaterra.


O luxo tem deste tipo de conceitos, é necessário termos uma abordagem com o intuito de satisfazer caprichos, porque na verdade este satisfazer está incluído no preço do relógio e tudo o que a marca simboliza.


Encontrar o equilibrio

Podemos encontrar um equilíbrio benéfico em tudo, acredito firmemente.

Em eventos podemos tanto ter celebridades pela influencia como podemos ter membros da comunidade para a criação de relações que muito possivelmente vai levar a um awareness maior para a marca.


Portugal, Portugal continua a ser um pais preconceituoso, existem lojas em que entrar de fato ou de camisola tem dois resultados totalmente diferentes.


Existe tanto a ganhar com as comunidades baseadas em meios digitais..

Mesmo em termos comerciais, se pensarmos bem, existem enormes oportunidades.


Imagem um jovem de 18 anos, classe média, com interesse vago em relojoaria.

Arranja o primeiro trabalho aos 23 onde recebe entre 1000-1500€, quer um relógio.

E decide comprar um relógio na loja A.


Se a loja B tivesse criado uma campanha jovem ou que de certa forma abrisse possibilidade para o jovem se sentir confortável a entrar na loja para experimentar, e se, a loja B tivesse tido um desempenho formidável na conexão com este jovem, aos 23 anos seria muito provavelmente um cliente fidelizado de Loja B.


Conclusão:

Com muito pouco esforço por parte da loja B, e sem custos ou prejuízos envolvidos, conseguiram educar, criar a necessidade e fidelizar o cliente.


Agora, porque é que esta perspectiva ainda foi utilizada ou aplicada em Portugal? Com muita pena minha não percebo a lógica (ou falta dela) presente nos retalhistas de hoje em dia. Será porque já têm o lucro que querem ou porque já têm o mercado que desejam fidelizado ao gosto deles?


O mais interessante é a falta de visão e adaptação que existe..


E vocês? O que acham da atualidade relativamente a este tópico?

Estou entusiasmado para ver as vossas reações nos comentários abaixo.


Cumprimentos a todos,

Diogo


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